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Adaptação escolar: dicas de sono, alimentação e cuidados com a visão

Canguru News

O acolhimento de crianças neurodivergentes também pede atenção na volta às aulas

5 min de leitura

05 de agosto de 2025

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Adaptação escolar: dicas de sono, alimentação e cuidados com a visão

Para um aprendizado adequado, é fundamental estar atento à saúde da criança

Após um mês de férias e horários livres, retomar a rotina de estudos pode ser desafiador para crianças e adolescentes que custam a se adaptar com o cotidiano de aulas e atividades escolares. Para ajudá-los, é importante reorganizar os períodos de sono, um pouco antes do início do segundo semestre letivo, estabelecendo horários fixos para dormir e acordar, para que o corpo vá se acostumando ao ritmo acadêmico. O mesmo vale para as refeições, que devem seguir horários semelhantes aos dos dias de escola, e oferecer uma variedade de alimentos com nutrientes diversos, destaca a nutricionista Sarina Giongo.

 

 

Além disso, é necessário ficar atento a questões da saúde ocular que podem prejudicar o aprendizado. E para crianças com transtornos como o TDAH (Transtorno do Déficit de Atenção e Hiperatividade) a adaptação de volta às aulas exige mais atenção ao acolhimento.

 

 

Para mães e pais que conseguem se antecipar, Sarina sugere fazer um planejamento do cardápio da semana e partir para o supermercado com a lista de compras em mãos, deixando se possível saladas higienizadas, leguminosas e carnes preparadas e pratos congelados.

 

 

Quando pensamos no cognitivo de crianças e adultos, para render na escola e no trabalho, a composição da refeição é muito importante”, afirma a nutricionista. Ela detalha os tipos de alimentos que devem constar do almoço e do jantar:

 

●      Uma opção de carboidrato (cereais como arroz ou preparações à base de trigo ou milho, ou ainda tubérculos como mandioca, batatas e inhame);

●      Uma opção de leguminosas (feijões ou lentilhas);

●      Uma opção de proteína (carnes ou ovos);

●      Diferentes opções de verduras e legumes.

Frutas vermelhas e cítricas; verduras verde-escuras; peixes e gorduras boas (abacate, azeite de oliva e oleaginosas, que são as castanhas e nozes) colaboram também com a cognição, relata Sarina. Outra dica é temperar a comida com limão ou disponibilizar uma pequena porção de fruta cítrica após a refeição, o que favorece a absorção do ferro.

 

 

Atenção a sintomas que podem indicar dificuldades de aprendizado

 

A saúde ocular das crianças é fundamental para o desempenho escolar. E a volta às aulas pode ajudar a identificar algum problema. Segundo a oftalmopediatra Pérola Grupenmacher Iankilevich, questões como miopia, que tem aumentado a frequência em crianças, e hipermetropia podem estar por trás de notas baixas.

 

 

"A criança que precisa forçar muito a vista para enxergar acaba se dispersando, não presta atenção e perde a paciência, principalmente durante a leitura ou ao copiar do quadro. Às vezes, ela entende muito bem o conteúdo ouvindo, mas na hora de escrever ela não faz e a chamam de preguiçosa. Se não for um TDAH (Transtorno de Déficit de Atenção e Hiperatividade) ou autismo, por exemplo, pode ser problema de visão", explica.

 

 

Sintomas como dores de cabeça, olhos vermelhos, aproximação excessiva de objetos ou mesmo o hábito de fechar um olho para focar e enxergar pedem atenção. Também exigem alerta sinais de estrabismo (quando os olhos não estão direcionados para o mesmo ponto) e a dificuldade para andar e subir escadas.

 

 

A médica reforça a importância do check-up anual, mesmo sem queixas: "A ambliopia, conhecida como 'olho preguiçoso', só pode ser tratada até os 7 ou 8 anos de idade. Nesse caso, o cérebro da criança tem a capacidade, por exemplo, de, ao não enxergar bem com um olho, anular a imagem desse olho. Ou às vezes a criança já nasce enxergando borrado e cresce achando isso normal, porque não tem outro parâmetro para comparar. Por isso, exames preventivos antes da alfabetização são essenciais para barrar e reverter esses quadros", ressalta Pérola.

 

 

Ela aconselha a visita anual ao oftalmologista, tanto na infância quanto na fase adulta, iniciando os cuidados já no bebê recém-nascido, através do teste do olhinho. Devido ao uso excessivo de telas, a oftalmopediatra recomenda, a cada 20 minutos de eletrônicos, dois minutos de descanso, olhando para longe.

 

 

Acolhimento para crianças neurodivergentes

Crianças com o Transtorno do Espectro Autista (TEA), TDAH e Síndrome de Down, por exemplo, precisam de mais atenção para uma adaptação tranquila, visto que podem apresentar diferentes formas de aprendizado, comunicação e interação.

 

 

A psicopedagoga Déborah Araújo Maia, especialista em inclusão, enfatiza a necessidade dos pais procurarem a escola para descrever e reforçar as características da criança. Entregar uma agenda com informações médicas e terapêuticas detalhadas é essencial para que, juntos, pais e escola elaborem um Plano Educacional Individualizado (PEI) para o aluno. Professores, funcionários e a direção devem estar preparados para a neurodiversidade e entender as individualidades de cada criança de modo que ela se sinta segura e feliz no ambiente escolar.

 

 

Outra dica da pedagoga é fazer um tour lúdico pela escola ou um "caça ao tesouro", com perguntas como: "local da escola que tem muitos livros" ou "local onde fazemos lanche. Deborah diz que crianças não verbais podem se beneficiar muito dessas brincadeiras sensoriais, que podem ainda ser reforçadas em casa pelos pais, com perguntas sobre os espaços preferidos da criança na escola e colegas novos.

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