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Cuidados com a Saúde

Saúde na infância: hospital infantil faz alerta contra fake news

Canguru News

Psicóloga esclarece informações difundidas na internet que podem afetar as crianças

4 min de leitura

23 de abril de 2025

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Saúde na infância: hospital infantil faz alerta contra fake news

Transtornos como ansiedade e depressão nas crianças não devem ser ignorados

As fakes news, informações sem embasamento comprovado, infelizmente, fazem parte do nosso dia a dia e se tornaram um desafio crescente, principalmente com a evolução das tecnologias de inteligência artificial, que podem ser usadas para dar credibilidade e disseminar informações falsas.

Esse cenário afeta toda a sociedade e é ainda mais impactante na saúde de crianças e adolescentes, que são, na sua maioria usuárias da internet. Dados da pesquisa Tic Kids Online Brasil 2024 mostram que 93% do público de 9 a 17 anos está presente nas plataformas digitais. "Os responsáveis devem estar atentos ao que esse público consome na internet, afinal, eles ainda estão em desenvolvimento e precisam de orientação para conseguir filtrar tanta informação", explica Cristina Borsari, coordenadora de psicologia do Sabará Hospital Infantil, em São Paulo.

Pelo terceiro ano consecutivo, o hospital promove a campanha "Sabará contra as fakes news na pediatria", que busca esclarecer informações a pais e responsáveis sobre a saúde das crianças e adolescentes.

Não só a saúde física, mas a saúde mental de crianças e adolescentes tem tomado cada vez mais espaço na discussão entre educadores, profissionais da saúde e responsáveis. Para ajudar a esclarecer informações falsar e evitar que ganhem ainda mais amplitude, a psicóloga detalha a seguir algumas das principais fake news que envolvem o público infantil.

As crianças entendem muito de tecnologia e dificilmente cairão em fake news.

Essa é um dos maiores enganos da atualidade. A influência que alguns conteúdos tendem a gerar podem impactar negativamente nas percepções e comportamentos desses jovens. Entre os riscos que eles podem correr, podemos citar as fraudes online ou mesmo desafios e tendências que colocam a própria vida em risco.

Por mais que sejam reais, depoimentos sobre tratamentos para saúde mental não devem ser replicados.   

Deve-se ter muito cuidado com o que se vê e acompanha nas redes sociais. No que tange a saúde física ou emocional, cada indivíduo é único e não pode utilizar de uma história uma verdade absoluta para todo mundo. Então, os sintomas e características até podem ser parecidas, mas é importante procurar um especialista antes de iniciar qualquer tratamento.

Cuidado com medicamentos bem recomendados para crianças em vídeos.

Isso é muito perigoso para a saúde de qualquer pessoa, principalmente em quem ainda está em fase de desenvolvimento. Os pais não devem de maneira alguma medicar seus filhos sem o acompanhamento de um médico especialista. Se percebeu algum sintoma que tenha se repetido de maneira frequente, o ideal é procurar um pediatra que irá lhe indicar um especialista para o caso da criança.

Ansiedade entre crianças e adolescentes é “frescura” da idade ou uma maneira de chamar atenção.

A ansiedade infantil é tão comum e tão prejudicial quanto as que os adultos sentem. Um primeiro dia de aula em uma nova escola, início de um namoro, alguma competição ou até por conta de em uma viagem de férias, eles podem desencadear sintomas como falta de apetite, irritabilidade ou queda no rendimento escolar. Os responsáveis devem estar sempre atentos, manter uma relação de conversa com eles para que, caso os sintomas persistam procurem por um especialista.

Não existe depressão em criança.

Claro que o público dessa faixa etária pode passar por essa condição. Nem sempre a depressão é caracterizada apenas por um isolamento social. Apesar de esse ser o principal traço, os sintomas podem variar de acordo com a intensidade e forma que a criança ou o adolescente está sentindo como, por exemplo, dificuldades para dormir, irritabilidade, não querer brincar com outras crianças, tristeza profunda, entre outros. É preciso estar atento.

Toda terapia via internet é ruim.

Desde a pandemia essa tem sido uma prática muito comum. O essencial é que os responsáveis, respeitando a privacidade da sessão da criança ou adolescentes, tenham certeza de que ele está compartilhando seus questionamentos com um profissional e não com uma plataforma digital. Muitos jovens têm utilizado a tecnologia para fazer terapia sem nenhum acompanhamento de um adulto, o que além de trazer perigo pode gerar ainda mais dúvidas.

"Devemos lembrar que as crianças e adolescentes ainda estão em fase de maturação cognitiva, portanto, na maioria das vezes não têm capacidade crítica plenamente desenvolvida, tornando-se mais vulneráveis e suscetíveis à manipulação”, afirma Cristina. Ela diz ser importante supervisionar o que os filhos consomem na internet, acompanhá-los de perto e observar seus comportamentos e interações durante as conversas, bem como nas relações sociais. “Quando perceber que há algo errado, deve-se procurar um psicólogo", finaliza a especialista.

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