PROJETO RIQUEZA DA TERRA: VALORIZAÇÃO DA CULTURA INDÍGENA NA CEMEI WILMA FOLTRAN PORTELLA

O Projeto Riqueza da Terra incentivou a apreciação da cultura indígena, quebrando preconceitos e fazendo das crianças as principais responsáveis na criação de uma sociedade mais justa.

Por: Andréa Antoniassi e Daniela Kiiota | Equipe Escola na Minha Casa

Pequenos exploradores descobrindo a riqueza da cultura indígena, aprendendo e respeitando as tradições ancestrais que moldam nossa história.

Desenvolvido na CEMEI Wilma Foltran Portella, com os alunos do Maternal II D, o projeto intitulado como “Todo dia é dia dos povos indígenas” foi idealizado pela professora Gisele Aparecida Costa Lima, no período de abril a setembro de 2023.

Este projeto teve como objetivo contribuir para uma sociedade mais igualitária, na promoção e valorização da diversidade, divulgando as “Riquezas da Terra”, levando a comunidade escolar, os hábitos e costumes dos povos indígenas, quebrando preconceitos e desmistificando estereótipos. Permitiu conhecer os costumes indígenas, bem como suas influências como: danças, brincadeiras tradicionais, culinárias típicas, hábitos e história do Brasil, vivenciando sentimentos de pertencimento para sensibilizar a população e valorizar suas riquezas, aprendendo a viver como ensinado em seus costumes, utilizando de práticas pedagógicas, transmitindo para as futuras gerações o conhecimento adquirido por esses povos, divulgando as “Riquezas da Terra”.

Para organizar as ações, foi utilizado um cronograma, baseado nos costumes indígenas, como: roda de conversa, culinária, musicalização, artesanato, jogos e brincadeiras, cuidados com o meio ambiente bem como seus recursos. Permitiu também promover atividades de identidade e reconhecimento sobre as culturas e os costumes indígenas, com atividades lúdicas como, jogos e brincadeiras de cabo de guerra, corrida com toras, e jogos com petecas, oportunizando momentos com roda de histórias, desmistificando, o “Descobrimento do Brasil” e mostrando que em nosso país já habitavam os povos originários antes da chegada dos portugueses.

Uma oficina foi criada com reciclagens e sucatas para confeccionar instrumentos musicais: como os chocalhos, tambores e instrumentos de sopro, para trabalhar a musicalização que tem papel de destaque na cultura das comunidades indígenas, sendo um importante meio de preservação de grande parte das memórias e tradições. Com argila, matéria prima básica, dos costumes indígenas, na oficina de artesanato, foram confeccionadas peças e esculturas de cerâmicas e artesanatos.

Para encerrar os trabalhos, foi realizado uma pequena exposição em sala para que as outras turmas e seus familiares pudessem observar as obras. Além de realizar uma oficina de pintura, foi utilizado uma tela de material de demolição (Drywall), onde os pais e seus filhos puderam desenvolver uma pintura que os representassem. O resultado foi gratificante para todos.

Na exposição dentro da sala, foram oferecidas comidas típicas indígenas, como mandioca, tapioca, batata doce, milho, coco, sementes de urucum. Também foi realizado uma roda de conversa com a professora indígena Elionai, onde todos puderam ter um pouco do contato com suas origens e cultura, através de objetos trazidos por ela: como cocar indígena, apito, guizos e fotos. Para encerrar sua participação, a professora realizou uma dança, com alguns passos marcados, onde todos puderam ter contato com a musicalização através de uma nativa em um ambiente escolar. As crianças puderam observar, participar da culinária, experimentar e experenciar, momentos que ficarão registrados eternamente em suas memórias e de cada um de seus familiares.

Em outro momento, foi promovido o Café Cultural, com exposições das produções das crianças, onde as famílias puderam novamente participar ativamente das atividades propostas.

“Ao longo do ano, os alunos puderam explorar e experenciar atividades em ambientes interno e externo da escola, ampliando o repertório cultural da comunidade, com as exposições culturais, trazendo representatividade e reforçando os valores da cultura indígena, quebrando estereótipos e contribuindo para a divulgação dessa cultura brasileira, tão rica em saberes histórico-cultural” – destacou a professora Gisele.

O coordenador Fabio Moreno, relata que “é impressionante o impacto que esse trabalho causou na comunidade ao presenciar os costumes dos povos indígenas, tornando as vivências significativas, fazendo com que as crianças se tornassem protagonistas e agentes potentes na sociedade, capazes de transformar o mundo à sua volta.”

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