Apesar dos benefícios e facilidades na rotina, entretendo as crianças e colaborando com a possibilidade de aulas e atividades remotas, o uso excessivo de telas ao longo do dia pode impactar no desenvolvimento infantil e afetar a qualidade do sono à noite. Sandra Doria, médica e pesquisadora do Instituto do Sono, explica que o uso de eletrônicos uma hora antes de dormir pode gerar interrupções no sono da criança, pois o cérebro estará ativo em um momento em que deveria já estar se preparando para o descanso:
“Quando você está vendo alguma coisa, seja um joguinho ou até alguma coisa educativa, você está exercitando e estimulando o seu cérebro. Ao dormir, você precisa ir desacelerando seu cérebro. Se você está acelerando de alguma forma, por algum estímulo de eletrônico, você está sendo contraditório com o ato de dormir. E a gente não tem no nosso cérebro um botão ‘on/off’, precisamos aos poucos ir mostrando pra essa criança que está na hora de ir dormir”, diz Sandra.
A pesquisadora esclarece que a luz que as telas de celulares, computadores e outros dispositivos emitem apresentam um comprimento de luz azul, que inibe a produção da melatonina, o “hormônio da escuridão”. Com isso, a melatonina, responsável por dizer ao cérebro que está na hora de dormir, não exerce seu papel.
O sono de má qualidade e quantidade insuficiente ainda pode afetar o desempenho escolar, relação com colegas e familiares e até impactar no crescimento das crianças na infância.
Nos vídeos a seguir, Sandra Doria esclarece questões sobre como as telas podem afetar o sono, os efeitos disso a longo prazo na rotina dos pequenos e formas de os pais regularem o uso dos aparelhos na hora de dormir.