10 maneiras de contribuir para uma infância sem racismo

Unicef orienta pais sobre como educar seus filhos para que não sejam racistas e para que contribuam no combate ao racismo

Por: Canguru News

Educadores e pais estão cada vez mais atentos à necessidade de envolver as crianças no debate sobre racismo

A discriminação racial persiste no mundo – e é preciso combatê-la desde a infância. Desde maio de 2020, quando uma onda de protestos antirracistas ocorreu o mundo - após o assassinato de um homem negro (Jorge Floyd) por um policial branco nos Estados Unidos -, cresce a preocupação dos educadores e dos pais em envolver as crianças neste debate. Afinal, a pauta não saiu mais da programação das emissoras de TV e dos veículos de comunicação em geral. Mais de um depois do episódio, o tema segue na pauta das emissoras de TV, provocando reflexão na sociedade – e nas famílias.

No cotidiano das crianças brasileiras, a discriminação racial se reflete nos números da desigualdade entre negros, indígenas e brancos. Já se passaram mais de dez anos desde que o Fundo das Nações Unidas para a Infância (Unicef) lançou por aqui a campanha “Por uma infância sem racismo”, para falar dos impactos desse mal para crianças e adolescentes e a necessidade de uma mobilização social para assegurar o respeito à diversidade étnica e racial desde a infância. Mas o tema parece mais atual do que nunca.

Como pais podem educar seus filhos para que não sejam racistas e, mais, para que contribuam no combate ao racismo? As dicas para uma infância sem racismo são do próprio Unicef.

Confira 10 maneiras de contribuir para uma infância sem racismo:

1. Eduque as crianças para o respeito à diferença. Ela está nos tipos de brinquedos, nas línguas faladas, nos vários costumes entre os amigos e pessoas de diferentes culturas, raças e etnias. As diferenças enriquecem nosso conhecimento.

2. Textos, histórias, olhares, piadas e expressões podem ser estigmatizantes com outras crianças, culturas e tradições. Indigne-se e esteja alerta se isso acontecer – contextualize e sensibilize!

3. Não classifique o outro pela cor da pele; o essencial você ainda não viu. Lembre-se: racismo é crime.

4. Se seu filho ou filha foi discriminado, abrace-o, apoie-o. Mostre-lhe que a diferença entre as pessoas é legal e que cada um pode usufruir de seus direitos igualmente. Toda criança tem o direito de crescer sem ser discriminada.

5. Denuncie! Em todos os casos de discriminação, busque defesa no conselho tutelar, nas ouvidorias dos serviços públicos, na OAB e nas delegacias de proteção à infância e adolescência. A discriminação é uma violação de direitos.

6. Proporcione e estimule a convivência de crianças de diferentes raças e etnias nas brincadeiras, nas salas de aula, em casa ou em qualquer outro lugar.

7. Valorize e incentive o comportamento respeitoso e sem preconceito em relação à diversidade étnica e racial.

8. Muitas empresas estão revendo sua política de seleção e pessoal com base na multiculturalidade e na igualdade racial. Procure saber se o local onde trabalha participa também dessa agenda. Se não, fale disso com seus colegas e supervisores.

9. Órgãos públicos de saúde e de assistência social estão trabalhando com rotinas de atendimento sem discriminação para famílias indígenas e negras. Você pode cobrar essa postura dos serviços de saúde e sociais da sua cidade. Valorize as iniciativas nesse sentido.

10. As escolas são grandes espaços de aprendizagem. Em muitas, as crianças e os adolescentes estão aprendendo sobre a história e a cultura dos povos indígenas e da população negra; e como enfrentar o racismo. Ajude a escola de seus filhos a também adotar essa postura.

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