Os benefícios do convívio entre idosos e crianças: companhia e aprendizados

O contato regular entre essas duas gerações pode ser muito enriquecedor para ambas as idades

Por: Canguru News

Brincadeiras antigas e jogos como o quebra-cabeça permitem que os idosos exercitem a memória - e a criançada adora ter com quem brincar

Apesar da grande diferença de idade entre idosos e crianças, a relação entre esses dois grupos etários pode ser muito bonita e proveitosa. As crianças têm muito a aprender com a experiência e a trajetória de vida de seus avós, colhendo lições preciosas. Já os mais velhos podem absorver a energia revigorante dos pequenos. E a maior disponibilidade de ambos faz com que possam desfrutar, sem tanta pressa, da companhia um do outro.

Os diversos benefícios dessa relação já foram comprovados por meio de programas intergeracionais, que funcionam como uma espécie de creches ‘fundidas’ com casas de repouso. Nos Estados Unidos, há pelo menos 100 centros desse tipo, já no Brasil esses espaços recém começam a surgir. A seguir, veja os principais benefícios que a convivência intergeracional pode trazer, segundo mostra reportagem do portal Uol.

Para os idosos

Envelhecimento ativo

Quando prazeroso, conviver com crianças, em especial os netos, pode dar ao idoso um sentido existencial, de utilidade. O contato com os pequenos incentiva suas habilidades motoras e exercita seu cérebro, o que previne doenças neurodegenerativas.

Novos aprendizados

As crianças podem despertar nos mais velhos a curiosidade pelo mundo moderno e a tecnologia. Participativas e curiosas, elas também podem ensinar e tirar dúvidas dos avós quanto ao uso de aplicativos de celular, computador ou TV.

Menos solidão e depressão

Aposentadoria, redução do convívio social, perda de entes queridos, enfermidades… Para ajudar os mais velhos a enfrentar esses desafios, as crianças podem ser uma ótima companhia em passeios e atividades que distraiam, divirtam e levantem o astral de todos.

Segundo especialistas, há aumento da ocitocina, hormônio do afeto, e de serotonina, dopamina e endorfina, que são os hormônios da satisfação e do prazer, aliviando estresse, ansiedade e depressão.

Maior autovalorização

Por meio de brincadeiras, cantigas e histórias, os idosos recordam o passado e exercitam a memória. Isso também faz com que se sintam mais valorizados e incentivados a construir novos projetos, ao perceberem o interesse alheio pelo que viveram.

Mudança de hábitos

A convivência com os netos pode fazer os avós reverem maus comportamentos e mesmo o vício em álcool e cigarro, visto que eles se sentem mais encorajados a dar bons exemplos. E as crianças, com os aprendizados da escola, podem ajudar no convencimento de forma amistosa a respeito do que pode fazer mal à saúde.

Para as crianças

DIálogo e socialização

A companhia com outros familiares que não os pais ajuda as crianças na socialização e convivência em sociedade. Favorece ainda o amadurecimento intelectual e psicoemocional, quando o contato é regular. 

Autoestima e confiança

Sentir-se acolhida e aceita pelos mais velhos traz às crianças uma sensação de bem-estar, e favorece a autoestima e estímulos que facilitam o aprendizado. Do contrário, tendem a explorar menos seu potencial e têm mais dificuldades para se desenvolverem e se relacionarem com os outros.

Dedicação aos mais velhos

Crescer em contato com os mais velhos faz com que as crianças compreendam melhor as necessidades deles e os tratem com respeito. Mas isso não quer dizer que os avós devam ceder a caprichos – estimular a colaboração em tarefas e saber dizer não aos pequenos é importante.

Ampliação de repertório

Há quem diga que ter avós por perto pode implicar em boas notas na escola, graças aos aprendizados com as histórias marcantes, que despertam nos netos a imaginação e a curiosidade para aprender mais. Os mais velhos também ajudam a ampliar o vocabulário e testar maneiras mais reais —e menos virtuais— de se divertir.

Sucesso em conflitos

A experiência dos avós com desavenças, brigas e disputas pode servir de exemplo para que as crianças resolvam seus problemas com diálogo e sem violência. A consciência do tempo vivido e do que resta, geralmente conduz nossos esforços para o que realmente importa e pode beneficiar e poupar a quem tão queremos bem.

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