8 dicas para praticar o consumo consciente com as crianças

Pais devem reforçar em casa, com os filhos, ações que ajudem a reduzir os impactos ao planeta

Por: Verônica Fraidenraich/Canguru News

Se não for separado corretamente, o material reciclado pode se tornar inaproveitável

A produção de lixo na sua casa aumentou nestes longos meses de quarentena por causa da covid-19? O consumo de energia está bem mais alto do que costumava vir? É bem capaz que sim. O confinamento das famílias em casa levou a um aumento no consumo de modo geral, incluindo energia, água, lixo, produtos de higiene e limpeza, alimentos e mesmo internet. Quanta coisa, não é?

Tudo isso nos obriga a repensar os hábitos e promover o consumo consciente desses recursos que se tornaram essenciais no cotidiano das famílias. E as crianças não devem ficar de fora disso. Pelo contrário, se a conscientização começar desde cedo, os impactos negativos ao planeta só tendem a diminuir.

Felizmente, a preocupação com o meio ambiente se mostra cada vez maior na sociedade. Levantamento feito pelo Instituto Ipsos revelou que, para 85% dos brasileiros, problemas como degradação ambiental, poluição, desmatamento e mudanças climáticas representam uma séria ameaça à saúde e devem ser tratados como prioridade no plano de recuperação do país pós-pandemia. A pesquisa ouviu participantes de outros 15 países além do Brasil. 

Levando em conta que o planeta tem cerca de 7,7 bilhões de pessoas, não é exagero afirmar se cada um promover o consumo consciente e colaborar um pouquinho, o resultado final pode ser muito significativo. E isso começa dentro de casa: os pais servem de modelo para os filhos e devem dar o exemplo. Com a ajuda do Leiturinha, reunimos a seguir oito dicas para praticar o consumo consciente em família. O clube de leitura promove a campanha do “Pequeno Consciente” durante o mês de julho, para incentivar adultos e educadores a introduzir essa questão para as crianças de forma divertida e com impacto positivo. 

Confira abaixo as sugestões e coloque-as em prática!

1. Promova hábitos responsáveis e dê o exemplo às crianças

Por mais óbvio que pareça, muita gente não se preocupa em tomar certos cuidados em casa, como apagar as luzes de ambientes desocupados, não deixar a geladeira aberta por muito tempo e fechar a torneira de água enquanto se escova os dentes.

2. Compre somente o necessário 

Comprar por impulso e fazer estoque de coisas ou alimentos pode ser prejudicial. Quanto mais adquirimos, mais jogamos fora e, assim, geramos mais lixo. O ideal é fazer pequenas aquisições pré-planejadas para um período específico. Por exemplo: montar o cardápio da semana e reabastecer a dispensa semanalmente, ao invés de mensalmente e, assim, evitar que os alimentos se estraguem por não serem consumidos. 

3. Prefira produtos com embalagens simples ou retornáveis 

Prefira embalagens tamanho família, que demorarão mais para serem consumidas, e itens com menos embrulhos, reduzindo assim a quantidade de lixo produzido. Se houver a opção de embalagem retornável, melhor. Evite usar as sacolas plásticas de supermercado, que demoram 450 anos para serem decompostas. Levar bolsas recicláveis de casa para as compras.

4. Não desperdice partes dos alimentos 

Talos, folhas, sementes e cascas podem ser reutilizados e têm grande valor nutritivo. Procure receitas na internet ou com os amigos e aproveite para variar o cardápio. 

5. Separe corretamente o lixo para reciclagem 

Embora a reciclagem tenha se tornado comum, é preciso saber como fazê-la. Para garantir que a coleta seja efetiva, é importante separar o lixo seco (embalagens, plástico, papéis, alumínio, vidro, etc.) do lixo orgânico (restos de comida, alimentos estragados, etc). Lembrando, porém, que o material reciclável não pode ter entrado em contato com contaminantes como óleos, graxas, cola, solventes e outros ou não poderá ser reaproveitado. Isso porque a remoção dos contaminantes dificulta e até impossibilita a reciclagem. A correta separação dos materiais é essencial para que o processo de reciclagem seja bem sucedido. 

6. Faça seus próprios brinquedos 

Produzir os próprios brinquedos ajuda a diminuir a produção de lixo e reduzir o uso de plásticos – um dos principais materiais utilizados para fabricação desses itens. Além disso, a produção em si do produto já é uma diversão para a criança e faz com que ela perceba o brinquedo de outra forma, já que participou de sua confecção.

7. Prefira doar a jogar no lixo 

Brinquedos, móveis, livros, roupas e outras coisas que não são mais usadas, podem ser muito úteis a outras pessoas! As mães, no geral, já têm o hábito de compartilhar itens que não servem mais a seus filhos e, também, de aproveitar itens doados por outras pessoas. Mas, se esse não for o seu caso, brechós, sebos e entidades beneficentes são boas opções para realizar doações.

8. Plante uma horta em casa 

Toda criança gosta de mexer com terra. Não é à toa que elas adoram quando as escolas promovem atividades com hortas. Em casa, também dá para criar um cantinho das plantas – e se elas puderem ser aproveitadas depois na culinária, melhor! A criança pode participar de todas as etapas do cultivo – escolher as sementes, pesquisar quais as melhores opções para cada época do ano, plantar, cuidar, ver brotar e colher. Depois, que tal pensar em uma receita que use o ingrediente plantado?

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