Como o elogio pode prejudicar a autoestima da criança e o que fazer para evitar isso

Recebi o seguinte e-mail: “Olá, Magda! O designer já fez a primeira prova do cartaz. Segue o arquivo para sua aprovação.” Abri o anexo e sorri. Na verdade, gargalhei. O título tinha sido corrigido: “Como o elogio cria crianças seguras”, quando deveria dizer “inseguras”.

Por: Magda Gomes Dias | Escola da Parentalidade Positiva

É esperado que um elogio eleve nossa autoestima e deixe-nos mais autoconfiantes, mas a verdade é que ela oferece efeito contrário. Para isso, basta nos aprofundarmos um pouco mais nessaa reflexão. Convido você para percorrermos este raciocínio que, na verdade, é destacado por vários investigadores, como Dweck, Baumeister e Diener.

Para que essa ideia seja mais simples, vamos usar exemplos para percebermos as diferenças entre elogio e reconhecimento e, consequentemente, como eles têm impactos distintos.

Elogio: "Parabéns! Você se comportou bem no jantar ontem.”

Reconhecimento: "Adorei nosso jantar ontem! Jantamos tranquilamente, conversamos e rimos muito. Isso foi bom porque conseguimos apreciar o momento”. Você pode acrescentar: "Espero em breve repetir novamente."

Elogio: "Parabéns, filho. Achei lindo seu desenho!"

Reconhecimento: Olhe atentamente para o desenho, coloque-se ao nível da criança e diga-lhe: "Uau! Esta é a mesma floresta e o mesmo castelo que vimos hoje de tarde."

Elogio: "Parabéns! Você ganhou o jogo.”

Reconhecimento: "Uau! Você não desistiu e ganhou o jogo.”

Parece difícil, não é mesmo? A dificuldade inicial acontece porque não estamos habituados a nos comunicar desta maneira. Estas estratégias são um convite para que possamos sair do automático, observar e estar presentes com a criança, oferecendo-lhe muito amor.

Vamos experimentar?

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