- Sua camiseta está bem dobrada. Estes vincos estão mesmo perfeitinhos. Aposto que você fez isso com muita atenção, não é mesmo?
- Você me ajudou muito! Como é bom sentar a mesa do jantar e ver que você colocou até a água. Eu adorei o detalhe do guardanapo em forma de laço!
É possível também falar: Você deve estar mesmo orgulhoso de sua conquista!
Provavelmente, você também deve estar, mas, pelo menos, hoje deixe-o saborear estas conquistas.
As duas frases do exemplo mostram que os elogios à criança não foram vazios, do tipo “Parábens! Você é o melhor!”. Pelo contrário, as observações são concretas e específicas.
Em resumo, é importante:
- elogiar os esforços da criança, descrevendo exatamente o que vê;
- saber que o resultado é o produto do esforço da criança, por isso o ênfase tem de estar no esforço dela.
Os elogios não formam crianças chateadas, e sim inseguras. Isso acontece porque elas vão ficar, pouco a pouco, dependentes desse elogio ou do “parabéns” para cada ação que tiver. Quando você opta por descrever o que vê, a criança sente que se esforçou e começa a observar suas atitudes, e não mais seu exterior.
As tarefas domésticas costumam ser uma fonte de conflito. No entanto, sendo alertadas do que fizeram, de maneira específica e concreta, as crianças começam a reconhecer o que deve ser bem-feito. Isso não só será benéfico para a autoestima delas, como será um incentivo para sua repetição, pelo orgulho de fazer bem e contribuir. Elas irão se sentir dispostas e valorizadas, como gosto de dizer.
No entanto, você nunca deve elogiar a criança? O elogio é como o sal: que não falte, mas que não estrague!