Eu sei que existem momentos em que queremos que nossos filhos nos obedecessem imediatamente, por exemplo, que eles varram a casa ou arrumem o quarto. No entanto, acredito que se tivéssemos filhos muito obedientes, talvez ficassemos preocupados. Caso eles obedecem a tudo sem questionar (pelo menos, com frequência), então poderiam se tornar altamente influenciáveis em outras circunstâncias, não é mesmo?
Podemos ver a desobediência como uma virtude? Será que ela é reflexo de valores bem enraízados em uma criança? Ela precisa mesmo questionar porque deve fazer certas coisas?
Acredito que sim. Quando uma criança, um jovem ou até um adulto desobedece, fazendo valer seus valores, podemos notar que ele sabe o que está fazendo, é reflexivo e tem um papel ativo, e não passivo!
A frase: “Eu fiz isso porque você mandou”, faz a criança transferir sua responsabilidade para a pessoa que a ordenou, sem ter pensado ou colocado seus valores em pauta. Ou até os tenha colocado. Entretanto, por conta de estar habituada a obedecer, poderá ter tido dificuldade em não fazer o que lhe pedem e em afirmar-se. Talvez nem tenha conseguido tomar essa iniciativa.
Contudo, desobedecer pode, por vezes, ser um jogo de poder, quase como se pais e filhos estivessem em guerra. No entanto, essa situação não se trata de uma questão saudável, mas um problema que precisa ser olhado detalhadamente (caso queira saber mais sobre o assunto, acesse a página no Instagram @theboss_mumstheboss).
Obviamente que obedecer tem seu lado positivo. Há questões que não são negociáveis, embora precisem de explicações. Uma delas é a segurança das crianças (e a nossa também). Afinal, por que obedecemos a um sinal de trânsito? Seguimos essas orientações pela organização da sociedade e nossa segurança.
Pense em como estamos desenvolvemos o espírito crítico dos nossos filhos. Depois, relate suas conclusões.