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Entrada no Ensino Médio: caminhos para dar apoio emocional aos jovens

Canguru News

Educadora destaca importância da família, mediação docente e atividades complementares

4 min de leitura

25 de novembro de 2025

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Entrada no Ensino Médio: caminhos para dar apoio emocional aos jovens

Pressão da vida acadêmica e mudanças da adolescência tornam os últimos anos escolares um período intenso para os jovens

A transição entre etapas escolares costuma ser um momento de apreensão para os alunos, que têm de se adaptar a novos espaços, rotinas, professores e exigências acadêmicas. Quando os jovens entram no ensino médio, o receio é ainda maior, podendo surgir sinais de ansiedade escolar devido à preocupação excessiva com o desempenho nas provas e simulados exigidos para o ingresso da vida universitária.

 

Nesse contexto de descobertas e escolhas, em que o adolescente vislumbra seu futuro, as novas responsabilidades podem gerar sobrecarga emocional se não houver uma rede de apoio sólida. “Consequentemente, a rotina de aprendizagem também é impactada, pois, além das transformações internas típicas da adolescência, as novas dinâmicas escolares e sociais exigem adaptação, equilíbrio e acompanhamento próximo por parte da escola e da família”, ressalta Marcelle Alvim, coordenadora pedagógica da unidade de Muriaé (MG) da Rede de Colégios Santa Marcelina.

 

Desde 2015, os atendimentos relacionados a transtornos de ansiedade no SUS aumentaram 1.575% entre as crianças de 10 a 14 anos, segundo dados do Ministério da Saúde. Em adolescentes de 15 a 19 anos, o avanço foi ainda mais acentuado, chegando a 3.300%, saltando de 1.534 atendimentos, em 2014, para 53.514 em 2024. Para Marcelle, os dados evidenciam uma realidade que ultrapassa o ambiente escolar e reforçam a importância de ações integradas que promovam o equilíbrio emocional e o desenvolvimento saudável dos jovens.

 

“É essencial que educadores e famílias mantenham um olhar atento e sensível a esses desafios, reconhecendo que o processo de aprendizagem vai além do desempenho acadêmico. Entre as principais dificuldades vivenciadas pelos estudantes, destacam-se o aumento da complexidade dos conteúdos, a necessidade de maior autonomia nos estudos e a preparação para ingressar no Ensino Médio”, comenta a educadora.

 

Diante desse contexto, os aspectos emocionais exercem um papel ainda mais preocupante, pois impactam diretamente a motivação, a autoconfiança e a capacidade de concentração. “Promover um ambiente de escuta, diálogo e apoio mútuo é fundamental para que o estudante se sinta acolhido e preparado para enfrentar essa fase com equilíbrio e segurança”, opina a especialista.

 

Crises de ansiedade: como ajudar

O apoio aos adolescentes nesse processo de transição é fundamental, e deve vir de diferentes frentes de atuação. Por exemplo, da promoção de atividades extracurriculares na escola, como esportes, música, teatro e artes visuais, que ampliam as possibilidades de expressão, estimulam a criatividade e fortalecem vínculos sociais entre os estudantes.

 

Além disso, Marcelle diz ser fundamental que os professores atuem como mediadores do conhecimento e desenvolvimento dos alunos, acolhendo suas necessidades e incentivando o protagonismo em sala de aula. Por meio de metodologias dinâmicas, que conectam os conteúdos à realidade cotidiana, o educador contribui para tornar o aprendizado mais significativo e inspirador.

 

Apoio da família

Outro pilar essencial nesse processo é o envolvimento dos pais ou responsáveis na vida escolar dos filhos, incluindo as rotinas de estudo e a oferta de um ambiente seguro e acolhedor em casa. Ainda, eles devem estar disponíveis para conversas e conselhos, especialmente no momento da escolha profissional, uma das decisões mais significativas dessa etapa escolar.

 

Embora seja um período difícil, a entrada no ensino médio pode significar uma valiosa oportunidade de crescimento e amadurecimento para o jovem ao lhe permitir conhecer melhor seus limites e potencialidades. “Os desafios e as inseguranças são naturais e necessários para que as decisões sejam tomadas de maneira cautelosa. O principal é não deixar que a ansiedade escolar paralise os estudantes e que essa fase se torne mais pesada e cansativa do que ela já é”, conclui a coordenadora pedagógica.

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