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Parentalidade

O cofrinho ainda deve ser usado para ensinar finanças às crianças?

Canguru News

Analista de investimentos dá dicas aos pais que buscam uma gestão financeira estável

6 min de leitura

17 de setembro de 2025

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O cofrinho ainda deve ser usado para ensinar finanças às crianças?

Famílias devem se preocupar com o equilíbrio entre despesas e receitas

Para as famílias que desejam ter um maior controle sobre os gastos, é fundamental fazer com que os filhos aprendam sobre as despesas da casa e assim desenvolvam uma relação saudável com o dinheiro. “Desde cedo, com os filhos ainda pequenos, é importante ter uma unidade familiar onde todos estejam envolvidos com os custos e com o padrão de vida. Conversar sobre a origem dos gastos e como fazer para minimizá-los pode trazer enormes contribuições para todos, inclusive com premiações pelo feito alcançado”, afirma Marcelo Giorgi, analista de investimentos na WIN Invest. A seguir, confira entrevista em que o especialista fala sobre orçamento familiar, planejamento, investimentos e como introduzir o tema das finanças com as crianças.

 

  1. Qual o papel da disciplina financeira para atingir objetivos de longo prazo, como aposentadoria, compra de imóvel ou educação dos filhos?

A necessidade da disciplina financeira está no cotidiano de qualquer pessoa. Saber o quanto se ganha para não gastar além disso, é crucial. Contudo, o mercado bombardeia a sociedade com inúmeras armadilhas que podem trazer a sensação de que uma pessoa ganha além dos números do holerite ou do contrato ao final do mês. Créditos de todas as formas estão à disposição de todos e é nesse ponto que as pessoas se deixam enganar e acabam caindo nessas armadilhas.

 

  1. Como as famílias podem calcular o valor necessário para atingir suas metas e definir uma estratégia de investimento coerente?

Fazer um orçamento familiar, registrando os gastos, mas sobretudo o custo do padrão de vida, vai facilitar muito esse trabalho que não merece uma atividade árdua, podendo ser acompanhado de forma mensal, trimestral ou em tempo definido previamente. Entender de onde vem o dinheiro da mesada, do supermercado e do lazer vai trazer uma responsabilidade, mesmo que de forma mais superficial, mas uma semente será plantada para frutos serem colhidos mais adiante.

 

  1. Para famílias com maior aversão ao risco, quais alternativas além da poupança podem ser mais seguras e rentáveis a longo prazo?

Riscos servem para serem administrados. Fazemos dívidas sem ao menos pensar nos riscos de perdemos o emprego e ficarmos de certa forma sem condição de honrarmos nossos compromissos. O mercado financeiro traz inúmeras alternativas para investimentos, dos mais diversos riscos, os quais merecem ser entendidos com profundidade para maior assertividade na escolha.

 

Existem vários investimentos em bancos, corretoras e do próprio governo, tido este último como o mais seguro, pois trata-se de risco soberano o que supostamente é o mais baixo possível. Vale uma análise com especialistas ou um aprendizado através de mídias e sites específicos sobre o assunto.

 

  1. Por que a educação financeira é fundamental para o bem-estar econômico das famílias?

Famílias que concentram esforços na preocupação em não gastar mais do que ganham, estarão sempre um passo à frente das demais. Essa disciplina ajuda a planejar o futuro e a traçar rotas para a conquista e o alcance de objetivos. Sem educação financeira fica impossível viver sem percalços e preocupações com as finanças. A consciência de quanto podemos gastar estimula a paciência para uma definição de projeto de médio e longo prazo. Estabelecer metas e processos para se alcançar é um exercício diário que ajuda e mantém o cérebro ativo trazendo resultados saudáveis ao longo do tempo.

 

  1. Qual a melhor forma de introduzir o tema de finanças dentro de casa, especialmente para famílias que nunca tiveram esse hábito?

Os mais jovens vivem de exemplos práticos. Cartilhas ou aprendizados teóricos não trazem efeitos práticos. O “porquinho” que armazena moedas ainda é a melhor forma de incentivar a poupança. Claro que o efeito prático dessa atividade não é de curto prazo e só se dará na quebra ou abertura do “cofrinho”, mas há uma série de outras formas de incentivar o ganho e a poupança, por exemplo, premiar os filhos com a redução de contas de água e luz, entregando a eles ao final do mês a mesma redução financeira no valor das contas pelo esforço em economizar os gastos. A própria mesada, se tratada como única fonte de renda, também traz frutos positivos pois gera a noção do valor do dinheiro na aquisição de bens e consumo.

 

  1. Qual a importância do planejamento financeiro e da definição de metas para ensinar boas práticas financeiras dentro de casa?

Estabelecer metas e processos para se alcançar um objetivo é um exercício diário que ajuda e mantém o cérebro ativo, trazendo resultados saudáveis ao longo do tempo. Adquirir um bem, investir em conhecimento e programar uma viagem são exemplos de perspectivas que merecem ser planejadas, para que as atividades financeiras sejam muito bem definidas e tragam os resultados esperados. Mas sobretudo, e talvez o mais importante, é sempre ter a noção dos limites do bolso e manter a harmonia entre o planejado e o executado.

 

  1. Como lidar com momentos de crise financeira sem comprometer o planejamento familiar e sem cair em endividamento excessivo?

Crises sempre irão ocorrer, o difícil é saber quando. Algumas são mais agressivas, enquanto outras atingem setores específicos da sociedade, mas sem dúvida todos são afetados por elas. Medidas tomadas previamente podem beneficiar na passagem dessa etapa, como manter sempre uma reserva emergencial de recursos, identificar e saber diferenciar uma carteira conservadora de uma agressiva, traçar cenários otimistas, pessimistas e realistas, a fim de saber os riscos em cada um deles, e, por fim, fazer das crises uma oportunidade, seja de ganhos futuros, seja para minimizar os riscos.

 

  1. Para famílias que nunca investiram na educação financeira, qual seria o primeiro passo prático para começar?

Ideias simples, como colocar em um papel os gastos mensais e outros anuais trazidos para a mesma grandeza. Por mais que pareça óbvio, essa visualização de um modelo no papel ficará gravado na memória e pode ajudar a estabelecer parâmetros. Ajustar as contas a fim de adequar os gastos às receitas deve ser um exercício diário, assim como trabalhar a mente para não deixar o imediatismo, nem tampouco os impulsos de compras dominarem o cenário. Todas essas medidas podem trazer ótimos resultados.

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