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Dia mundial de combate ao bullying: saiba se seu filho está sendo vítima

Canguru News

Conheça comportamentos comuns entre crianças que sofrem bullying e veja dicas de como agir

4 min de leitura

21 de outubro de 2025

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Dia mundial de combate ao bullying: saiba se seu filho está sendo vítima

Olhar atento de pais e professores pode ajudar a identificar se a criança está sofrendo algum tipo de violência

Cerca de 6,7 milhões de estudantes sofreram algum tipo de violência escolar segundo pesquisa do Instituto DataSenado realizada em 2023. Outro levantamento do Ministério dos Direitos Humanos e da Cidadania (MDHC) mostrou que a violência interpessoal, que se caracteriza por práticas de discriminação e hostilidades entre alunos e professores, cresceu mais de 250% entre 2013 e 2023.

 

Estudos indicam que estudantes que sofreram esse tipo de violência têm maior probabilidade de desenvolver transtornos como ansiedade, depressão, distúrbios alimentares e até transtorno de estresse pós-traumático (TEPT). Além disso, há um aumento significativo nos casos de suicídio entre jovens vítimas dessas atitudes agressivas.

 

A professora de psicologia da Afya Centro Universitário Itaperuna (RJ), Mariana Ramos afirma que a detecção precoce deste tipo de violência é essencial para mitigar seus efeitos. Ela também destaca a importância de criação de um ambiente de confiança onde a criança se sinta segura para compartilhar suas experiências também é importante, tendo pais e educadores um papel fundamental nesse contexto.

 

A implementação de programas de prevenção, como palestras, rodas de conversa, oficinas e campanhas de conscientização, são medidas necessárias, segundo  a professora, para reduzir os casos de bullying. “Essas ações fortalecem a empatia, o respeito às diferenças e as habilidades socioemocionais, promovendo um ambiente escolar mais acolhedor e colaborativo. Nesse sentido, treinamentos contínuos para professores e funcionários ajudam na identificação e no manejo adequado das situações, enquanto espaços de escuta psicológica e grupos de apoio oferecem suporte aos alunos. Além disso, a integração entre família e escola é fundamental para um cuidado compartilhado, assim como os projetos de educação socioemocional, que estimulam a autorregulação e a resolução pacífica de conflitos”, relata Mariana.

 

Tipos de Bullying

Neste mês em que se celebra o Dia Mundial de Combate ao Bullying, em 20 de outubro, é válido lembrar que ele se manifesta de diferentes formas, cada uma com características específicas, com consequências capazes de ir além do ambiente escolar e virtual, afetando profundamente a saúde mental e emocional da vítima.

 

O bullying físico envolve agressões diretas, como empurrões, socos, tapas ou danos às propriedades da vítima. Já o verbal, caracteriza-se por insultos, apelidos pejorativos, ameaças e humilhações públicas. Há ainda o bullying psicológico ou emocional, que busca minar a autoestima da vítima por meio de manipulação, chantagens, exclusão social ou perseguições constantes.

 

O ciberbullying, por sua vez, utiliza as tecnologias digitais para espalhar rumores, criar perfis falsos, enviar mensagens ofensivas ou compartilhar fotos íntimas sem consentimento. O sexual envolve comentários, gestos ou toques de natureza sexual, além de difamações relacionadas à orientação sexual da vítima, enquanto o social consiste na exclusão deliberada da vítima de grupos sociais, atividades ou interações, visando isolar e marginalizar.

 

Bullying é crime

Desde 2024, o bullying e o cyberbullying passaram a ser considerados crimes no Brasil, com a promulgação da Lei nº 14.811/2024. Segundo a legislação, o bullying é definido como “violência intencional e repetida que visa intimidar, humilhar ou discriminar alguém, por meios físicos, psicológicos ou virtuais”.

 
Sinais de que seu filho pode estar sendo vítima de bullying

É fundamental estar atento a mudanças no comportamento e no estado emocional da criança ou adolescente. Os sinais podem variar, mas costumam incluir:

●      Mudanças bruscas de comportamento, como isolamento, irritabilidade, agressividade, medo de ir à escola ou queda no rendimento escolar;

●      Sintomas físicos sem causa aparente, como dores de cabeça, dores de estômago, náuseas ou insônia;

●      Alterações no sono e no apetite, incluindo pesadelos, perda de apetite ou comer em excesso;

●      Ansiedade antecipatória, como chorar antes das aulas ou demonstrar resistência em sair de casa;

●      Evitar redes sociais ou demonstrar angústia após o uso do celular;

●      Comportamentos autodestrutivos, como se machucar, falar sobre morte ou apresentar sinais de depressão.

Como agir

A especialista explica que se houver suspeita de que uma criança esteja sofrendo bullying, é importante buscar apoio profissional e dialogar com a escola para encontrar soluções conjuntas. "A intervenção precoce é essencial para garantir o bem-estar e o desenvolvimento saudável de crianças e adolescentes".

 

Mariana ressalta a necessidade do acolhimento sem julgamentos, oferecendo escuta e segurança emocional, e evitando minimizar o sofrimento com frases como "isso é bobagem" ou "você precisa ser mais forte". A criança precisa sentir-se ouvida e protegida.

Outro ponto destacado pela psicóloga é a necessidade de uma comunicação assertiva nesse momento "Comunique a escola, registre o ocorrido e solicite acompanhamento psicológico, tanto para a vítima quanto para os envolvidos. É importante lembrar que o agressor também necessita de apoio, muitas vezes, ele próprio já foi vítima em outro contexto", conclui.

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